Geralmente,
as empresas fazem a sua formação de preços com base nos preço dos concorrentes sem levar em conta seus
custos e despesas incorridas.
Quando
falamos em formação de preços, temos um
ponto comum e determinante o qual
chamamos de “custos”. No
entanto, a composição dos custos será diferente conforme o tipo de atividade - comércio, serviço ou indústria.
No caso do comércio, o custo será o preço da aquisição da mercadoria
(CMV). Já nos serviços, teremos que considerar a mão de obra utilizada somada
ao material aplicado. Por fim , no caso da
indústria, o custo de produção
deve ser apurado através dos insumos - matéria prima e material auxiliar somados à mão
de obra alocada na produção e aos gastos
gerais de fabricação, compondo o CPV –
custo do produto vendido. O nível de detalhamento na indústria é muito importante, sendo fundamental ter controle de
estoques para obter a precisão necessária nessa apuração.
O primeiro passo para formação de preços consiste em determinar o custo efetivo, ou seja , aquilo
que realmente foi gasto para obtenção daquele produto ou serviço.
O
segundo passo consiste em levantar as despesas variáveis, como, por exemplo,
os impostos (deve-se identificar a exata carga tributária), despesas com
taxas de operadoras de máquinas de crédito e débito, comissões, frete etc. Num exemplo ilustrativo – supondo que o conjunto de despesas variáveis atinja
em média 10% do faturamento e, que as despesas fixas (aluguel, água, luz)
correspondam a 30% do faturamento, o último item a apurar é a margem de lucro que, pode variar de 10% a 30% dependendo do segmento
econômico. Temos que embutir os percentuais de custos, despesas fixas e
variáveis no preço de venda, apurando o Mark Up - que é um índice aplicado sobre o custo de um produto
ou serviço para a formação do preço de venda, consistindo, basicamente, em somar-se, ao custo unitário do produto ou serviço, uma margem de lucro para se obter o preço de
venda – calculada de três formas – Mark Up total , multiplicador e divisor.
Exemplificando a
utilização do Mark Up na formação de preço, suponhamos, por exemplo, o caso de
uma empresa cujo custo da mercadoria vendida (CMV)= R$10,00, e o total de
despesas variáveis (impostos, taxas de cartões, fretes...)= 10% do faturamento
e o total de despesas fixas= 30% do faturamento, com margem de lucro desejada
correspondente a 20% do faturamento . Neste caso, temos que embutir 60% para
conseguir um preço de venda que possibilite pagar todas as despesas e
gerar o lucro desejado. Aplicando o Mark-UP , na versão divisor, temos, neste exemplo: Preço
de venda = Custo mercadoria vendida dividido por ( 100% - (%Despesas
variáveis + %despesas fixas + % margem de lucro ) = R$ 10,00 / ( 100% -
60% ) = R$ 10,00 / 40% = R$ 25,00. Lembramos que, se
fizermos a conta inversa, teremos um lucro de 20% , que corresponde a R$
5,00 embutido no preço de venda= R$ 25,00. Esse percentual da margem de
lucro será o único que poderemos diminuir ou aumentar, comparando com o preço
do mercado. Poderemos também apurar se os custos ou despesas estão
comparativamente mais elevados, e com isso, tornando o preço de venda
praticado menos competitivo.
Fonte: SEBRAE
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