sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cinco tendências em Inovação e Qualidade

Com o passar o tempo, algumas palavras têm o seu significado alterado.Os idiomas e seus significados estão em constante movimento. Qualidade e inovação são exemplos de palavras que tem seus conceitos alterados. A percepção da qualidade é influenciada, além do tempo, por diversos fatores, tais como, cultura, tipo de produto ou serviço prestado, necessidades e as expectativas em relação aos produtos. O conceito de Inovação já pressupõe algo novo, significativamente melhorado e com o passar do tempo o novo se torna corriqueiro, e surge, assim, a necessidade de constante mudança para haver inovação. 
Atualmente muitas empresas se preocupam com qualidade e inovação. Porém, com as constantes mudanças desses conceitos as empresas precisam de esforços para acompanhar essas alterações. Recentemente, qualidade e inovação passaram a levar em conta aspectos antes ignorados, confira alguns desses pontos: 

Novas tendências em Qualidade 

1. Responsabilidade Social
Responsabilidade social pode ser definida pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais se relaciona. Ações de responsabilidade social buscam o desenvolvimento sustentável e a redução de desigualdade, de forma que a atividade da empresa traga benefícios à todos, não apenas aos acionários.
Diagnósticos de qualidade avaliam não somente as qualidades físicas dos produtos, mas também avaliam sua origem, as condições de produção, os impactos sociais e ambientais etc. Assim, por exemplo, a avaliação de qualidade de um tênis produzido com trabalho escravo fica prejudicada. Da mesma forma, uma empresa que não mantém atualizada suas exigências legais tem sua qualidade comprometida. Por outro lado, se uma empresa demostra seu comportamento socialmente responsável por meio de ações ou projetos concretos, sua avaliação em qualidade é maior e pode ser até fator de maior competitividade no mercado, vide as bolsas carteiras de investimentos que priorizam empresas socialmente responsáveis e as normas de responsabilidade social como a ISO 26.000.

2. Capitalismo consciente
O capitalismo consciente consiste em 4 esferas: o propósito (criar valor além do lucro), liderança (valoriza o que há de melhor nos colaboradores), cultura (foca na inovação e no bem estar) , orientação (transparência e informa os resultados com o objetivo de engajar). Basicamente a livre iniciativa somada ao objetivo de servir os envolvidos compõe o capitalismo consciente. O resultado são relações ganha-ganha com todos os envolvidos. O conceito de qualidade passou a levar em consideração os relacionamentos entre as parte e estabelecer ganhos a longo prazo.
Estão surgindo cada vez mais empresas conscientes de seu papel social e com poder de transformar realidades, e não somente como forma de gerar lucro.

Novas tendências em Inovação

3. Inovação de marketing
As inovações de marketing envolvem a implementação de novos métodos de marketing, incluindo mudanças no design do produto e na embalagem, na promoção do produto e sua colocação, e em métodos de estabelecimento de preços de bens e de serviços. 

4. Inovação organizacional
Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. Novos modelos de negócios, redivisão de tarefas e horários, são algumas formas de inovação organizacional. Inovação é normalmente relacionado com mudanças altamente tecnológicas e com custos elevadíssimos, porém inovação também pode ser algo simples presente no dia-a-dia.
O termo Inovações organizacionais surgiu em 2003 no Manual de Oslo, referência internacional de inovação, porém, essas inovações são bastante praticadas.

5. Eco-inovação 
A eco-inovação é definida como uma inovação que melhora o desempenho ambiental das empresas. Como por exemplo, transformar parte dos resíduos em oportunidade de gerar receita, que já está se consolidando como prática. Mudar as características dos produtos por razões ambientais também pode ser fator de maior competitividade.
Modelo de Excelência em Gestão (MEG). Fonte: FNQ

Essas tendências já estão tão consolidadas que até existem modelos de gestão incluindo os conceitos das tendências citadas. O Modelo de Excelência em Gestão (MEG) inclui várias das tendências acima, por exemplo, a responsabilidade social, inovações de marketing e organizacional. O MEG foi criado a partir das semelhanças entre empresas de sucesso. Assim, já sabe-se que esses fatores são fontes de resultados melhores, porém, a difusão dos conceitos deve avançar muito ainda nos próximos anos. A Fundação Nacional da Qualidade visa difundir o MEG para todo o país para o maior número de empresas.Essas tendências não se aplicam somente a grandes empresas: pequenas e médias também estão seguindo
as novidades. 
Se quiser saber mais sobre o MEG, consulte neste link: www.fnq.org.br.

Artigo escrito por Juliana Polizel, extraído do GENOS Blog, disponível em: http://blog.genos.eco.br/2014/08/5-tendencias-em-inovacao-e-qualidade.html

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

PMEs: Quando e como transferir a administração para outra pessoa

Tomar a decisão de transferir o comando da empresa é um passo muito importante e existe a forma certa e o momento ideal para ser praticada.


Os desafios que o administrador de uma empresa enfrenta são muitos e alguns são específicos e comuns em empreendimentos de pequeno e até de médio porte. Nelas, é normal que o próprio dono atue como o principal administrador, já que foi ele quem criou, desenvolveu os processos e conhece melhor o negócio - o que acaba provocando seu envolvimento com o planejamento, estruturação, organização, avaliação da performance e até execução das atividades.

Por muitas vezes as circunstâncias existentes criam a necessidade do dono do negócio manter-se como o administrador da empresa, mesmo que esse não seja seu forte, que ele não goste de desempenhar a função e não seja o mais interessante para o negócio.

Para poder se dedicar ao que tem vocação e que normalmente é a maior causa do sucesso da empresa, é preciso muita perspicácia do proprietário para que desde cedo se preocupe em criar as condições que permitirão que ele transfira a administração da empresa para um terceiro, tendo a certeza que terá como manter o controle das ações.

Tomar a decisão de transferir o comando da empresa é um passo muito importante e existe a forma certa e o momento ideal para ser praticada. A transmissão do comando deve ser feita de forma plena, o que corresponde a delegar não apenas responsabilidade, mas também autoridade ao novo administrador que irá passar a gerir a empresa à sua maneira, porém perseguindo os objetivos traçados com o dono do negócio.

O momento de se fazer isso é quando tudo o que for impactado de alguma forma pela mudança estiver devidamente preparado e adequado para a nova situação. As pessoas, incluindo o novo e o antigo administrador, são os que mais precisam estar preparados para essa mudança, sob vários aspectos. O principal deles está relacionado com a necessidade de respeito às regras de conduta que vão garantir a legitimidade a todas as decisões tomadas na empresa nesse novo cenário.

Deixando preparadas as pessoas diretamente envolvidas na transição, o mais importante passa a ser a criação dos mecanismos de controle interno que darão ao dono da empresa a convicção que ele continuará tendo o domínio da situação. A implantação e utilização de bons controles internos é um dos meios que pode contribuir significativamente para que a transferência do comando da empresa ocorra dentro de um ambiente seguro.

Ter bons controles internos funcionando é importante para empresas de todos os tamanhos e em todas as fases de sua existência. Entretanto, quando se fale em controle, logo se pensa na existência de variados tipos de mecanismos voltados para garantir que as metas sejam atingidas, que o patrimônio fique protegido e que o custo e a dificuldade de implementação, manutenção e respeito a eles são fatores impeditivos. Nem tanto.

O administrador de qualquer tipo e tamanho de empresa precisa compreender que os relatórios produzidos a partir do sistema de contabilidade, que legalmente deve ser mantida funcionando pela empresa, podem funcionar bem como instrumentos de controles interno. Os relatórios gerados pela contabilidade permitem controlar as contas bancárias, acompanhando a entrada e saída de dinheiro e os estoques, permitindo saber se o valor investido está adequado. Tem-se também um controle das contas pagar e a receber, analisando os prazos e datas de pagamentos e recebimentos. Além disso, a contabilidade acompanha o pagamento de salários, impostos, empréstimos, receitas e despesas, dentre outras funções.

Uma vez percebida a utilidade da contabilidade como instrumento de controle interno há mais um motivo para os donos e administradores das empresas insistirem e investirem na manutenção de um sistema de contabilidade que funcione e disponibilize informações em tempo hábil. Delegar a administração a outra pessoa pode significar também mais tempo para fazer a empresa crescer e prosperar. Vale a pena investir.

Artigo extraído do Site Administradores, disponível em